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Terça-Feira, 21 de Setembro de 2021, 21h01   (Atualizada 21/09/2021 às 21:01)

Vamos Pensar um pouco

Mesmo em dias tão difíceis como todos estamos vivendo, não podemos deixar de lançar nosso olhar para o que está estampado nas manchetes dos jornais. Uma rápida consulta no Google traz números que provocam calafrios: 591 mil mortes no Brasil, 13.741 mortos em Mato Grosso e 33 mortos no IFMT. 

 

Por mais que os números nos choquem, sozinhos, não são capazes de mostrar toda a dor humana que brota desses dias funestos; para tanto, é necessário o árduo exercício do pensamento: fomos privados das pessoas queridas, perdemos o sono, ficamos isolados dos amigos, adoecemos mentalmente, enfrentamos o caos na saúde, os preços dos alimentos aumentam assustadoramente, os desempregados procuram desesperadamente sobreviver, olhamos em volta e não vemos saída. 

 

Sentimentos como o desgosto, desilusão, desencanto, abatimento, indignação, revolta, impotência, dúvidas quanto ao ser humano, desespero, solidão são velhos conhecidos nossos,  na história da humanidade. 

 

Nem a pandemia é novidade; a literatura, sempre mais visceral do que qualquer tratado científico, nos conta das sangrentas feridas e as dores emocionais e mentais que causaram, em outros períodos em que o gênero humano foi assolado pela peste. Nem mesmo a seleção dos humanos considerados como vidas supérfluas é algo novo na terrível aventura humana. Não, não são de hoje as crises humanitárias e os fracassos da humanidade. 

 

Não é esta a nossa primeira experiência e é justamente isso que nos torna muito mais culpáveis pelas decisões que tomaremos, pelas responsabilidades que insensível e friamente estamos assumindo. O pior de tudo não se reduz à pandemia, está nas decisões que são, inegavelmente, políticas, mas no sentido deturpado da palavra, porque a política tem por finalidade o bem comum, a dignidade da pessoa humana e não sua redução à mera condição de mercadoria.  

 

Não estaremos isentos do pesado fardo de fazer escolhas que levem nossos jovens ao risco de morte 

Nossas palavras são dirigidas, agora, diretamente aos gestores escolares. Se a educação tem um papel importante no processo de socialização dos jovens, por que essa socialização é preterida em outros momentos, quando ela é possível, e agora se torna frágil argumento para o retorno presencial? Não nos faltam exemplos de advertências sofridas pelas alunas (principalmente) e alunos por simples demonstrações de afeto, como andar de mãos dadas, abraçar. Há, realmente,  tempo para a socialização? O encontro entre discentes se limita à sala de aula, onde, em muitos casos,  são punidos caso não permaneçam em profundo silêncio.   

 

Sabemos da função social dos institutos federais de assegurar o acesso e a permanência dos filhos dos trabalhadores, justamente desses jovens mais expostos aos riscos do contágio, de outras doenças, da fome, do desabrigo. São os que dependem de transporte público e não têm recursos para as máscaras e a uma boa alimentação, são os que, muitas vezes, se veem obrigados a trabalhar em residências ou como entregadores para auxiliar na despesa da casa, portanto, se expondo ainda mais ao vírus.  

 

Os dados das análises sobre os impactos da pandemia só serão conhecidos quando já fizerem parte do passado; o tempo presente, a despeito de toda a dor, passa ligeiro, quase não nos damos conta da sua passagem, mas é neste momento que foge que escolhemos o lugar da história que ocuparemos. Podemos, neste momento, fazer um floreio no discurso, mas não há ninguém mais, entre nós, tão ingênuo a ponto de, honestamente, acreditar nele. Só o cinismo pode negar essa brutal realidade e seu uso para projetos de poder que nada têm a ver com projetos de sociedade fundamentados na dignidade da pessoa humana. 

 

Quando, junto ao que supomos restar da nossa própria humanidade, nos depararmos com a consciência da nossa consciência culpada, não poderemos dizer, como os kapo: eu não sou responsável. Temos, hoje, áudios, vídeos, atas, matérias, registros diários das nossas práticas. Temos hoje, documentado, o papel que assumimos na história. Temos a memória daqueles que viram a contradição entre o nosso discurso e a nossa ação. 

 

Nenhum outro direito precede o direito à vida. Quem de nós pode devolver a vida que for perdida  por nossa ganância, por nosso alinhamento a um governo que se coloca acima do Estado, dos Direitos e da  própria humanidade, para a qual já nem há mais uma ideia capaz de a representar. 

 

Fonte: Maria Oseia Bier
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