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Sessão Solene na Câmara Municipal de Sinop destacou a importância dos professores, alunos e técnicos do IFMT, com reconhecimento especial ao Sinasefe MT pelo trabalho em defesa da educação pública de qualidade.
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Levantamentos buscam ampliar a representatividade do sindicato e direcionar políticas para pessoas com deficiência, aposentadas(os) e pensionistas
Os servidores e as servidoras do IFMT são exemplos para muitas instituições. Mesmo em condições adversas, estão produzindo máscaras, álcool, lavatórios e dando uma aula de solidariedade. Tenho orgulho de fazer parte dessa instituição quando ela demonstra sua conexão, e seu compromisso, com a sociedade. Neste sentido, e inspirado por quem trabalha no IFMT, O SINASEFE MT também está realizando várias ações.
Sobre a RED (Regime de Exercícios Domiciliares) e a regulamentação do trabalho remoto, gostaria de propor algumas observações. Acredito que manter o vínculo com os alunos e a comunidade é fundamental, mas sem atropelos que prejudiquem nossa missão. Deste modo, como seria possível chegar o mais próximo dessa perspectiva? A resposta é avaliando cada realidade de forma concreta e mantendo o olhar crítico, sem falsas determinações produtivistas. Vejamos: alguns campi já analisaram o perfil de discentes e avaliaram as dificuldades em implementar a RED nesse momento, tendo em vista objetivos pedagógicos e condições materiais. E aí? Vamos dizer que eles devem implementar, porque essa é a melhor saída? Seria um absurdo descolado da realidade material. Portanto, para que não haja cobranças indevidas, o SINASEFE MT fez um pedido de esclarecimento sobre as condições de cada campus para implementar tais propostas nesse momento, mantendo os critérios pedagógicos, o acesso de discentes (sem exclusão) e as condições de trabalho para docentes e técnicos/técnicas. Esse esclarecimento dará apoio aos servidores e às servidoras, resguardando a autonomia e as decisões de cada campus, que devem ser tomadas coletivamente. Ao contrário do que foi dito, a ação do SINASEFE MT não se trata de denúncia ao Ministério Público. Há somente uma solicitação de esclarecimento que se justifica pela necessidade de formalizar tal ação, evitando que ela seja ignorada ou deixe de ser recebida com a devida importância que merece por parte da Reitoria. Alguns campi verificaram boa articulação com o ensino médio integrado, mas dificuldades com o superior; outros, o contrário. Esse diagnóstico irá nos resguardar e contribuirá para orientar nossas ações.
Estou de acordo com alguns colegas que dizem que não podemos cair em um produtivismo formal para cumprir números; precisamos respeitar cada realidade. Na minha avaliação, a RED não é ruim em si. Seu funcionamento vai depender de como ela pode ser implementada. Não há qualquer obrigação de carga horária ou tipo de atividade a ser desenvolvida. Inclusive, se o/a docente entender que não é possível aplicar, não há obrigação legal. Sendo assim, necessitamos de atenção sobre as condições objetivas e subjetivas. Se é difícil a servidores construir rotina e trabalhar em casa, é possível imaginar como também é complicado a estudantes os processos educativos sem o espaço físico da escola? Basta imaginarmos as diferentes e discrepantes realidades socioeconômicas. Além disto, há a complexidade de se desenvolverem as atividades sem a interação direta com os professores, com os colegas e com o ambiente escolar. Outra questão que se coloca é o fato de a implementação do RED ter sido pensada dentro de uma conjuntura que está em movimento. Se a pandemia exigir mais tempo de isolamento, será possível manter o calendário letivo dentro do ano civil em cursos que são presenciais? Faremos isso a qualquer custo?
O momento pode servir para entendermos melhor nossas realidades. Qual o percentual de estudantes que têm acesso, ou não, à internet, que possuem computador, ou só celular ( imaginem o ano letivo todo no celular)? Também é o momento para refletirmos sobre os limites pedagógicos de atividades à distância de forma improvisada, que até poderiam ser complementares aos processos presenciais, desde que fossem propostas com o devido planejamento. Vale destacar, no entanto, que estas atividades jamais poderiam substituir as relações didáticas presenciais se quisermos manter os princípios que norteiam nossa instituição. Caso estes princípios, consolidados, inclusive, em nossa Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, não sejam respeitados, discentes, pais e a sociedade como um todo seriam prejudicados.
Na live que promovemos nesta semana (13/05), o professor e pesquisador Luiz Dourado nos auxiliou muito nessas questões. Para mim, ficou claro que não podemos nem negar as tecnologias, nem acreditar que elas vão nos salvar. Elas podem ser um apoio necessário dentro de um projeto pedagógico articulado. Se, contudo, transformarem-se em um remendo improvisado, podem causar muito prejuízo. O que nos cabe é levantar dados, analisar a realidade e, como disse Paulo Pimentel, docente do Campus Bela Vista, durante a live, questionarmos “por que a pressa? Por que os atropelos? Quem lucrará com uma educação transformada em apenas repasse desigual de informações?” A reflexão sobre estas questões pode nos auxiliar a decidirmos os passos a serem dados, sempre tendo, como norte, a melhor educação possível a ser ofertada à nossa sociedade.
P.S.: Esse texto foi escrito em um aparelho celular com vários erros de digitação que, posteriormente, foram corrigidos. Atividades em um celular e à distância não são fáceis, não é mesmo?