A última quinta-feira, 29, foi marcada por protestos em todo o país. Em Mato Grosso não foi diferente. Professores, servidores técnico-administrativos e estudantes do Instituto Federal de Mato Grosso se reuniram pelos campi do estado para debater a atual conjuntura política e social que tem o poder de afetar negativamente a vida dos trabalhadores brasileiros.
No campus avançado de Lucas do Rio Verde, os servidores paralisaram as atividades no período matutino e convidaram os estudantes a discutir sobre diversos temas como Educação Pública, a reforma da grade curricular do Ensino Médio, e os projetos que vêm gerando intenso desgaste entre classe trabalhadora e Governo Federal, PEC 241 (que congela os gastos com o serviço público e não permite que o reajuste anual seja maior que a inflação, inclusive os investimentos em saúde e educação), PLP 257 (que prolonga as dívidas dos Estados com a União em 20 anos e, como consequência, pode congelar o salário de celetistas e servidores público por igual período) e a Lei da Mordaça (pretende especificar os limites de atuação dos professores).
Durante o período vespertino, os servidores do IFMT, juntamente com professores estaduais e municipais, protestaram em uma praça do centro da cidade. Já à noite, uma reunião com os pais de alunos do ensino médio e estudantes do período noturno foi realizada para esclarecer os motivos da paralisação. “Os servidores e estudantes do campus avançado de Lucas do Rio Verde estão muito empenhados na defesa dos direitos dos trabalhadores. Ao promover esse diálogo com a comunidade interna e externa, nós fortalecemos os vínculos e conseguimos mais pessoas para nos apoiar. Não podemos deixar que nossos direitos sejam reduzidos”, declarou Marcos Davino, tesoureiro do Sinasefe MT e servidor lotado em Lucas do Rio Verde.
Na cidade de Pontes e Lacerda, também houve protesto. Servidores e estudantes se reuniram na Praça Miguel Gajardoni, localizada na região central.
Em Cuiabá, servidores estaduais e federais se mobilizaram na Praça Ulisses Guimarães e realizaram passeata pela região do Centro Político e Administrativo da capital. O coordenador geral do Sindicato, Evertom Almeida, participou do protesto e reforçou a importância da classe se fortalecer e pressionar para que esses projetos precarizam as relações entre os trabalhadores e o governo. “Nossos pontos de pauta são específicos, lutamos contra os ataques aos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais que o Congresso quer aprovar a qualquer custo. Nossa luta é por nenhum direito a menos. Temos que mantê-los e ampliá-los”, pontuou.
Sete campi do IFMT participaram do Dia Nacional de Lutas e Paralisações em Defesa dos Direitos. Foram eles, Cuiabá – Octayde Jorge da Silva, Cuiabá – Bela Vista, Reitoria, Várzea Grande, Confresa, Lucas do Rio Verde e Pontes e Lacerda.