O ato, ocorrido dia 11 de abril, foi uma realização do SINASEFE Seção Mato Grosso, FASUBRA, ANDES, ADUFMAT e SINTUF-MT
Assembleia será realizada na Sala de Projeções do Campus. Acesse aqui o Edital de Convocação na íntegra
Assembleia deliberará sobre Termo de Compromisso do Governo e elegerá Delegados para 189ª PLENA e representante estadual para Comando de Greve Nacional
Servidores e servidoras do IFMT reivindicam a reestruturação das carreiras de docentes e técnicos-administrativos além da correção de perdas inflacionárias, revogação de medidas e recomposição orçamentária do Instituto Federal
Assembleia será realizada em modo Presencial simultaneamente em todos os Campi do IFMT
Tá achando que motorista do Uber é “empresário” ou o guri de bicicleta leva comida nas costas é “empreendedor”? A foto mostra o que significa o uso das tecnologias para aumentar a exploração sobre o povo. Ou alguém acha mesmo que esta mulher, cuja foto captei Facebook do amigo Cristóvão Feil é “empreendedora”? Segue o comentário dele:
“O caos e para além do caos.
Na foto, um instantâneo que flagra a uberização do trabalho, ou seja, a incessante busca do capital por incentivar (via novas tecnologias) que a mais-valia relativa passe a se constituir em mais-valia absoluta, também conhecido como aumento da produtividade do trabalho assalariado.
Para tanto, é necessário derrubar direitos e conquistas dos próprios assalariados.
A moça da fotografia, mãe e trabalhadora, hoje é chamada cinicamente de “empreendedora”, alguém que se vira como pode, sem direito a nenhuma garantia social ou previdenciária, e tendo que andar com o filho na forma precaríssima de seu instrumento de trabalho.
A barbárie já habita o nosso meio.”
O extremo da exploração está aí. O Estado “mínimo” neoliberal não oferece nem creche e nem escolas infantis. E com as novas tecnologias, o neoliberalismo resolveu apostar na desregulamentação do mundo do trabalho, jogando os trabalhadores a disputarem entre si, enquanto os donos do capital financeiro e das tecnologias investem na exploração absoluta, jamais vista desde a origem do capitalismo.
A mulher tendo que trabalhar num trabalho precário, sem direito nenhum e tendo que carregar sua criança, porque nem isto mais se lhe oferece o Estado. Enquanto isso, aumenta o lucro dos Bancos e de empresas sem nenhum grande “ativo” (bens físicos com valor).
É a escravidão moderna e consentida, porque ideologicamente essas pessoas exploradas não se identificam como trabalhadoras, mas como supostas “empresárias”, que dependendo do seu próprio esforço, poderiam chegar a ser “milionárias”. Como?
Esta gurizada que anda de bicicleta nas ruas, pedalando 15 horas por dia para ganhar pouco mais de R$ 1.000,00 em média, como mostram pesquisas, detonam suas cartilagens e corpos, expostos a esforços físicos a céu aberto, sob sol ou chuva. E nenhum direito. Enquanto isso os donos dos aplicativos para os quais trabalham, saltam do padrão de “milionários” para “bilionários”.
A foto publicada pelo Cristóvão é simbólica. A trabalhadora superexplorada, sozinha, sem consciência de classe e sem classe a lhe oferecer consciência. Hora de reorganizar a classe trabalhadora, que já não é mais a antiga classe de trabalhadores industriais, mas a de trabalhadores prestadores de serviço e trabalhadores no comércio, e até a volta da produção artesanal, mas amplamente dependente de aplicativos e das redes.
Hora de mostrar aos que vivem do trabalho, que é possível e necessário a organização coletiva do próprio trabalho que executam, para que possam avançar.