Estudantes, professores, técnicos administrativos e sociedade estiveram unidos ontem (15) em defesa da Educação e Previdência Social. Diversas manifestações foram realizadas em todos os estados do país e também no Distrito Federal. Os protestos são contra o bloqueio de quase 30% dos recursos do Ministério da Educação para as despesas discricionárias - aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas. Com o contingenciamento, R$ 31 milhões deixarão de ser repassados ao Instituto Federal de Mato Grosso em 2019.
Em Mato Grosso, as mobilizações começaram logo cedo, às 7h30 da manhã, em cidades como Alta Floresta e Confresa. O SINASEFE/MT esteve ao lado dos estudantes e de entidades como o Sintep-MT e UNEMAT na organização dos atos unificados.
Na cidade de Alta Floresta, a passeata teve início na Câmara de Vereadores e os manifestantes foram até à Praça Cívica. A manifestação também teve o apoio dos professores e estudantes da escola comunitária Ciranda da Terra. Segundo a presidente do Sintep, Ilmarli Teixeira e uma das coordenadoras do Sinafese - MT, Maria Oseia Bier, a caminhada contou com aproximadamente 500 pessoas.
Em Confresa, a concentração foi em frente à prefeitura e os manifestantes caminharam até à Praça Central, também conhecida como Camilão. Na praça, os estudantes expuseram os resultados dos seus trabalhos de pesquisa, houve apresentação de um grupo de teatro, coral e banda do IFMT.
Já em Sinop, os servidores e estudantes do instituto prepararam 24 horas de manifestação. O ato também contou com a participação de profissionais da educação do estado, município e Unemat. Foram realizadas atividades como oficina de cartazes, apresentação de projetos de ensino, pesquisa e extensão, sarau, recolhimento de doação de livros, passeata, além de uma palestra sobre os impactos da reforma da previdência na vida dos trabalhadores e a isenção fiscal para as finanças de Mato Grosso.
Os servidores de Diamantino somaram forças com toda a sociedade e percorreram as ruas da cidade numa caminhada de quase 3km até a Praça Major Caetano Dias. Em Tangará da Serra, a concentração do ato foi em frente à praça da antiga prefeitura.
Na capital, quase 6 mil pessoas foram às ruas em defesa da educação. Os manifestantes percorreram as ruas do centro de Cuiabá. Para o professor Paulo Pimentel, coordenador de comunicação do SINASEFE/MT, o movimento de união de tantos segmentos da sociedade evidenciou o poder transformador da educação. “Nós acreditamos na educação transformadora, a educação como possibilidade de construir o país que queremos. Estar junto ao sindicato nesta manifestação foi uma experiência fantástica, o objetivo de toda a força emprenhada neste processo é uma educação de qualidade, é lutarmos contra qualquer tipo de desmonte por parte do poder público. Estar no dia 15 de maio nas ruas é uma das formas que temos para exercer plenamente nossa cidadania e deixarmos de ser passivos frente aos acontecimentos e retomarmos as rédeas do nosso país”, ponderou.
Também houveram manifestações em Pontes e Lacerda, Guarantã do Norte, Sorriso, Barra do Garças, Juína, Primavera do Leste e Lucas do Rio Verde.